segunda-feira, 14 de março de 2011


Equipa técnica - Vitor Alves e Fernando Guedes
Delegado jogo/curandeiro - Rui Rodrigues
Arbitro - Afonso Barbosa

Numa tarde cinzenta, a U.D."Os Raianos", deslocou-se a Arcos de Valdevez para defrontar A.D. Ponte Barca, 2º classificado da Divisão Honra AFVC, num jogo a contar para os oitavos de final da Taça AFVC, de referir o pouco público presente nas bancadas do estádio Municipal da Coutada.
A equipa Raiana a passar uma fase dificil devido aos maus resultados das 3 ultimas jornadas, ainda tinha outro problema na constituição do sua equipa uma vez que só tinha 15 atletas disponíveis para esta partida devido a lesões e castigos.
A equipa do Raianos iniciou o jogo com algumas mudanças no seu habitual onze titular, onde os atletas sem nada a perder estavam mentalizados da tarefa difícil que ia ser levada de vencida a equipa do Ponte Barca, pelo seu potencial e por ainda jogar num piso sintético ao qual os jogadores Monçanenses não estão habituados.
Inicio de jogo, disputado a meio campo, e com o primeiro sinal de perigo acontecer a passagem do minuto 10 num remate que Nuno defende com mestria para canto, situação da qual resultaria o primeiro golo do encontro numa desatenção da equipa Raiana que deixou um atleta Barquense a entrada da área solto de marcação que rematou colocado mas com alguma sorte para o fundo das redes de Nuno.
Os atletas do Raianos não se deixaram abater e continuaram a disputar o jogo com boas triangulações a meio campo mas sem criar muito perigo para a baliza contrária.
Aos 20 minutos, novo canto para equipa da casa e segundo golo, remate forte e colocado de cabeça do avançado da equipa do Ponte Barca, impondo a sua estrutura física perante a impotência dos atletas do Raianos para contrariarem a maior estampa física dos atletas da Barca.
A equipa Monçanense sem nada a perder voltou a ir para cima do adversário, trocando a bola e causando algum desconforto aos defesas locais, obrigando-os a recorrer algumas vezes a falta para para as suas investidas para entrar na área.
Num desses lances, falta perigosa a favor do Raianos a entrada da área do lado direito, Tozé chamado a cobrança envia a bola com estrondo a barra da baliza da Ponte Barca, sem hipotesses de defesa para o guarda-redes que se limitou a seguir o esférico com os olhos, momento de pouca sorte para o Raianos que merecia um golo para animar os atletas que estavam a jogar muito bem e a perder dois a zero sem os atletas do Ponte da Barca o justificarem.
Em tarde de pouca sorte, num chuto para frente da defesa contrária, Jorge ao tentar fazer um passe para o guarda-redes Nuno com a cabeça vê a bola embater na cabeça de Miguel Martins e sobrar para o avançado contrário que se limitou a empurrar para o fundo da baliza, lance cruel e de muito azar para uma equipa que merecia ir para o intervalo com outro resultado.
A equipa Raiana voltou para segunda parte com a mesma atitude, sem nunca baixar os braços e com muito espírito guerreiro, continuando a fazer o jogo pelo jogo como se o resultado estivesse nulo.
Aos 10 minutos de jogo, novo golo do Ponte da Barca num contra-ataque em que o avançado Barquense foge ao central Raiano e a saída de Nuno faz um chapéu de belo efeito, colocando a bola no fundo das redes.
Com o resultado em 4-0 e com cerca de 35 minutos para o final assistimos ao melhor período da equipa da UDR, com 20 a 25 minutos de muito bom futebol do qual resultou um golo por ferreiro e uma situação clara de golo em que Verdi isolado rematou por cima da trave depois de um bom trabalho sobre o central da casa, pena podia ter sido o 4-2, e ser colocada alguma justiça no marcador.
Neste período foram feitas três substituições, saíram Ferreiro, Verdi e Jorge, esgotados e entraram para o seu lugar Hugo, Tiago e Paulo Jorge.
Em final de jogo e já com alguns jogadores acusar o desgaste físico a equipa da Barca chega ao quinto golo, um grande pontapé de um jogador da casa ao ângulo esquerdo de Nuno sem hipotesses de defesa, melhor golo da tarde.
Final da partida, arbitragem caseira em alguns momentos, desnecessária perante o desenrolar dos acontecimentos e a forma disciplinada como os jogadores disputaram a partida.
Resultado injusto, para os jogadores do Raianos, perante o bom futebol que em muitos momentos apresentaram sobre o relvado do Municipal da Coutada, numa partida com desfecho previsível á partida, perante a diferença de potencial e jogadores das equipas de diferentes escalões.
Perdeu-se um jogo da Taça AFVC, ganhou-se uma equipa com um grupo que mostrou união, atitude, sacrifício e respeito pela camisola que veste e assim renasce a esperança para os lados do Areal para o resto do Campeonato.
Sem menosprezar e esquecer o desempenho dos outros atletas, queria deixar aqui uma palavra para os atletas mais jovens olharem para o Tozé e seguirem o seu exemplo de dedicação, respeito e entrega sempre que veste esta camisola, sendo por muito dos que assistiram ao jogo considerado o melhor jogador em campo aos 40 anos de idade.
Que este jogo seja o renascer da Alma Raiana, vamos dignificar esta camisola e sair desta época de consciência tranquila que demos o nosso melhor todos, direcção, jogadores e equipa técnica.

O Repórter de Campo:

A luta continua... Raianos

"Saudações Raianas"

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